Depois de uma infrutífera tentativa para ir trabalhar num qualquer call center da cidade, no intuito de angariar alguns tustos que me permitissem obter um recheado fundo de maneio, na intenção proporcionar a mim mesma uma bela vida de puro deleite durante a minha estadia em Itália… puuft
Cabummmm… o horror!!!!
Redimida à evidência de que tenho de trabalhar, desloquei-me até à Rua da Estefânea, já com 20 minutos de atraso, ou não me chamasse eu M Freak. Mas, até aí tudo normal… o que não era normal, eram os conflitos internos que se geravam dentro de mim.
E não. Não me refiro a conflitos existenciais ou com algum laivo filosófico, mas a conflitos com génese, provavelmente, numas quaisquer sinapses não realizadas, que provocaram no meu corpo um estranho cuto-circuito, que se fazia sentir precisamente no meu pequeno e delicado estômago de alarve. E não…. Não comi demais, aliás eu nem como muito… MAS PORRA EU TINHA QUE IR TRABALHAR… EU ESTAVA A TER UMA REACÇÃO ALERGICA AO TRABALHO. Sim, sim desculpas esfarrapadas… e que seja, quem é que gosta de trabalhar?? Ãh??? Ainda por cima, atender clientes recalcitrantes da TVcabo, a dizer que não pagam a factura que nós somos uns filhos da P_mãe… nós… Nós??? Mas nós quem, carr…?? Eu não sou da tvcabo, a tvcabo não é de MIM. E que mal é que eu fiz, para depois de 7 horas de trabalho na Câmara Municipal, ainda ter que me sujeitar a isto…. Que penitência esta … Porquê este sacrifício…PORQUÊÊÊÊÊÊ????
Cabummmm… o horror!!!!
Redimida à evidência de que tenho de trabalhar, desloquei-me até à Rua da Estefânea, já com 20 minutos de atraso, ou não me chamasse eu M Freak. Mas, até aí tudo normal… o que não era normal, eram os conflitos internos que se geravam dentro de mim.
E não. Não me refiro a conflitos existenciais ou com algum laivo filosófico, mas a conflitos com génese, provavelmente, numas quaisquer sinapses não realizadas, que provocaram no meu corpo um estranho cuto-circuito, que se fazia sentir precisamente no meu pequeno e delicado estômago de alarve. E não…. Não comi demais, aliás eu nem como muito… MAS PORRA EU TINHA QUE IR TRABALHAR… EU ESTAVA A TER UMA REACÇÃO ALERGICA AO TRABALHO. Sim, sim desculpas esfarrapadas… e que seja, quem é que gosta de trabalhar?? Ãh??? Ainda por cima, atender clientes recalcitrantes da TVcabo, a dizer que não pagam a factura que nós somos uns filhos da P_mãe… nós… Nós??? Mas nós quem, carr…?? Eu não sou da tvcabo, a tvcabo não é de MIM. E que mal é que eu fiz, para depois de 7 horas de trabalho na Câmara Municipal, ainda ter que me sujeitar a isto…. Que penitência esta … Porquê este sacrifício…PORQUÊÊÊÊÊÊ????
Fui-me embora, ABALEI de mansinho como quem não quer a coisa… e eu não queria mesmo… Que fazer ??? Preciso do dinheiro… caguei, agora não pensarei nisso.
H. Vou ligar ao H, por certo que me compreenderá... ou não, mas isso pouco importa, alguém terá de ouvir as minhas lamurias.
Caminhei ao encontro de H. As lágrimas não se contiveram no recipiente que o Supremo lhes dedicou, e jorraram numa cascata silenciosa… De repente, senti-me um pouco mais feminina… a dramatizar, e a exaltar o acontecido, como se de uma situação catastrófica se tratasse, uma verdadeira calamidade pública, para a qual não havia apoios do estado, nem qualquer incentivo dos fundos europeus. Como pode o MUNDO estar indiferente ao sofrimento uma pequena ragazza que apenas se quer divertir???
MAS, o mais relevante, é que dei por mim a chorar sem borrar a pintura… SIM…isto é importante, alguma coisa tinha que me fazer sentir vitoriosa… yupiiiiiiii já consegui chorar sem esborratar o rimel e sem deixar marcas na enorme quantidade de base que resolvi colocar sobre a minha delicada face, no intuito de dissimular as horrendas espinhas que resolvem proliferar em mim na altura errada do meu ciclo de vida.
Porque, se já é difícil para um adolescente ter que lidar com borbulhas na altura própria para elas aparecerem, imaginem o que é uma jovem adulta ter de se confrontar com as primeiras rugas, com os primeiros cabelos brancos, com as provas evidentes da veracidade da teoria gravitacional… e AINDA ter que se deparar e com estas inusitadas proeminências faciais.
H, sempre na sua boa postura, lá vociferou algo que me consolou. Juntos deambulamos pela cidade confrontando-nos com a essência degradante do ser humano… E, a pouco e pouco, lá fomos cortejando as vidas errantes que brandiam pela cidade num murmúrio irritante de quem quer gritar e não consegue…